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Como Começar a Empreender? – Parte 3

Escolhendo um Sócio

Na hora de iniciar tu provavelmente irás procurar um sócio e não há nada de errado com isto. A questão, na verdade, é que esta escolha deve ser técnica e muito profissional. A escolha do sócio apenas por afinidade ou confiança, ainda que importante, não será suficiente para a manutenção sustentável da sociedade, é importante complementação e valores.

É preciso autocrítica para identificar as tuas deficiências e em quais atividades o teu sócio pode te complementar. No tópico sobre A Ideia pontuamos a importância de identificar as tuas vantagens competitivas, pois bem, agora é hora de encontrar as tuas fragilidades e corrigi-las com um sócio adequado.

Talvez tu sejas ótimo na execução do trabalho, mas precise de alguém que faça a gestão do negócio, ou que possa atrair novos clientes.

Enfim, a busca por sócios que realmente complementem o negócio e não apenas façam companhia e suporte emocional é fator determinante para o sucesso a longo prazo da sociedade.

Outro ponto muito relevante é a remuneração dos sócios.

É importante conhecer quanto o mercado pagaria para cada um dos sócios de acordo com a sua qualificação e, paralelamente, de acordo com a sua função específica. Por exemplo:

Além de sócio de um restaurante tu és o chefe de cozinha. É importante saber quanto um profissional no mercado com a mesma qualificação recebe e quanto o chefe do seu principal concorrente recebe.

Se tu estiver recebendo mais do que qualquer um destes valores como salário estará não apenas assaltando a própria empresa, mas também acabando com o potencial competitivo dela.

O sócio é o primeiro e mais importante investidor da empresa, deve estar focado na lucratividade e não no salário, caso contrário tu não estás empreendendo, mas sim criando um emprego para si.

Uma sociedade é igual a um casamento, e por isso os sócios devem refletir muito antes de iniciar, mas não apenas isso. Após o início das atividades é preciso lutar diariamente pela sua manutenção, para isso a forma mais transparente é justamente acordando cada detalhe desde o início.

Sempre que fazemos o contrato social da empresa recomendamos, desde o início quando tudo são flores, que sejam determinadas as regras para a saída de algum dos sócios da empresa. Ter isto definido anteriormente torna qualquer saída muito menos traumática para as pessoas envolvidas e para a sociedade.

Estabeleça regras claras. Salário, tempo de dedicação exclusiva e, principalmente, como a sociedade irá acabar, pois nada é para sempre e ter isto definido desde o início garantirá saúde e tranquilidade para a empresa.

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